A presidente do Sindicato dos Jornalista do
Rio Grande do Norte (Sindjorn), Nelly Carlos, se reuniu na manhã desta
terça-feira com o Comando Geral da Polícia Militar, para cobrar providências em
relação à agressão sofrida pela repórter fotográfica do Diário de Natal Ana
Amaral, antes do jogo entre América e Paysandu, no último domingo. Na ocasião,
o comandante geral da PM, Coronel Francisco Araújo, informou que foi aberta uma
sindicância para apurar os fatos. “Nós viemos cobrar providências por parte do
comando da PM, para que seja identificado o policial que fez isso e que ele
seja punido”, disse Nelly Carlos.
De acordo com o coronel Araújo, o comando da
PM vai apurar a conduta do policial que ameaçou a fotógrafa do Diário de Natal
e ainda avaliar se outros policiais se excederam no trato aos torcedores. “O
comando da PM não aceita, em hipótese alguma, essa conduta de ameaça e
agressão. Primeiro porque a repórter estava trabalhando, no exercício da sua
profissão e ainda com o agravante de ser uma mulher, ou seja, nada justifica um
policial apontar uma arma para ela”, disse o coronel.
“O coronel Araújo demonstrou total interesse
na apuração desse caso e deu liberdade para o sindicato acompanhar de perto
todo o desenrolar do processo e nós iremos acompanhar”, disse a presidente do
Sindjorn, Nelly Carlos.
MEMORIA
A fotógrafa do Diário de Natal, Ana Amaral
foi vítima de intimidação policial enquanto registrava imagens no entorno do
estádio Nazarenão na tarde desse domingo(20), na partida entre América e
Paysandu, em jogo válido pela última rodada do grupo E, no Campeonato
Brasileiro da Série C. Na ocasião, ela flagrou a ação de pelo menos cinco
policiais militares que agrediam um torcedor não identificado.
Segundo a fotógrafa, um dos policiais que
estava escorado acompanhando a ação contra o torcedor pediu que ela parasse de
registrar as imagens de forma agressiva. “ Ele não chegou a encostar em mim,
mas foi muito grosso, mesmo depois de me identificar como uma profissional que
registrava aquele momento”, disse.
Ana Amaral ainda revelou que tentou
argumentar sobre a necessidade do registro da imagem, mas o policial que estava
de colete, apontou a sua arma em direção a região da cabeça da fotógrafa
insistindo mais uma vez que ela saísse.” Nesse instante eu parei de registrar,
fiquei muito nervosa, comecei a chorar e sai do local com medo de uma atitude
inconseqüente do PM”, disse a profissional de imprensa.
DN ONLINE
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