O corregedor-geral de Justiça, desembargador Cláudio Santos, revelou durante visita à Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na manhã de hoje (7), que a direção da penitenciária não sabe quantos presos escaparam na fuga em massa, no último dia 19 de janeiro.
Segundo ele, o número de 41 detentos apresentados pelo Governo do Estado foi apenas para responder à pressão da imprensa. Ele se recusou a inspecionar os pavilhões em virtude da ingerência denunciada. "Já sei o que vou encontrar lá", disse.
As declarações não surpreenderam o juíz da Vara de Execuções Penais, Henrique Baltazar. “O Estado efetivamente não sabe quem está preso em Alcaçuz. Está sendo feito, agora, pela nova direção, um senso para saber quem está preso”.
“Quando ocorre uma fuga na penitenciária e vão fazer uma chamada e descobre-se que oito fugiram, por exemplo, ninguém tem certeza absoluta que esses oito presos fugiram naquele dia. O Estado não tem o controle de quem está preso”, enfatizou o magistrado.
Durante a inspeção extraordinária ao presídio, o titular da Justiça e Cidadania, Fábio Hollanda, anunciou a contratação, imediata, de 57 novos agentes penitenciários, caso tivesse o amparo do MP e Judiciário, quanto a exceder os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. De pronto, o procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, manifestou apoio à declaração de Hollanda.
Para Onofre, não há ilegalidade na nomeação dos novos agentes penitenciários. “Já emiti parecer favorável e na quinta-feira (9), quando o secretário retornar de viagem firmaremos um TAC”.
A vistoria foi tocada pelos membros do MP, Sejuc e da direção de Alcaçuz. A imprensa, convidada em previamente por release para divulgar tal ato, foi impedida de entrar.
NOMINUTO.COM
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