domingo, 12 de fevereiro de 2012

APESAR DA ONDA DE ASSALTOS PERSISTIREM, POPULAÇÃO APROVA PM NAS RUAS


A pesar das ações criminosas continuarem ocorrendo em Natal, com roubos de carros e arrombamento de caixas eletrônicos, por exemplo, parte dos natalenses afirma sentir-se mais seguro com a medida tomada pela Polícia Militar, incrementando o efetivo nas ruas da região metropolitana, que deve chegar a ter até 1.500 policiais militares nas ruas neste final de semana. A presença de policiais espalhados por toda Natal e Região Metropolitana, com barreiras, revistas e ações ostensivas vem trazendo não só a sensação de segurança, mas resultados efetivos nos dois primeiros dias de funcionamento do novo sistema de policiamento, chamado de "Metrópole Segura", que coloca 400 policiais a mais nas ruas, divididos em três turnos, além da quantidade normal dos 800 que atuam na Região Metropolitana da capital potiguar.

O aumento do número de policiais agradou a população, que espera a continuidade do trabalho. "Por onde ando agora vejo a polícia. Só espero que isso se transforme em uma política permanente", pondera o aposentado Sebastião Furtado, 50 anos. Segundo ele, a diferença foi sentida em todos os locais que frequenta diariamente. "No bairro onde moro está bem melhor, por exemplo. Só nesses poucos dias de mudança, já diminui até os assaltos", conta Sebastião, que mora no bairro das Quintas, Zona Oeste da cidade.


Morando quase que do outro lado da capital, a funcionária pública Edilma Neves, 48 anos, também sente a mesma sensação que o técnico agrícola, com a presença da PM em maior número pelas ruas. "Quando fiquei sabendo da mudança do policiamento já fiquei mais tranquila. Mas, vendo ainda o acontecimento de assaltos a gente ainda não tem como afirmar que está seguro. Está mais ou menos", comenta. Por trabalhar longe de casa - Edilma dá expediente em Felipe Camarão e mora em Nova Parnamirim - ela afirma ainda estar temerosa com o transporte coletivo. "Só de ficar na parada ou pegar o ônibus já dá medo. Tem que ir rezando para chegar bem em casa", diz a funcionária pública.

Enquanto alguns cidadãos afirmam sentirem-se mais seguros com a presença da polícia nas ruas, outros já se mostram um pouco mais descrentes com a atual política de segurança pública e não acreditam em uma grande efetividade nas ações ostensivas. "Com certeza é muito bom ter a polícia nas ruas, mas o que tem que se fazer mesmo é mudar as leis. Não vê esse menor que quase mata a mulher em um assalto. Daqui a pouco está nas ruas de novo", afirma o técnico agrícola Wilson Nunes, 52 anos, citando o menor de 17 anos que atingiu Elizângela de Souza com disparos de pistola e deixou a mulher paraplégica, ao realizar um assalto a uma padaria em Petrópolis, na Zona Leste de Natal. "Só quem sofre mesmo é quem está na rua. Quem sente na pele e passa por assalto é o povo. A gente sai de casa e não sabe se volta, infelizmente", completa Wilson.

Sem data para terminar

Segundo o comandante geral da PM, coronel Francisco Canindé de Araújo, a operação Metrópole Segura não tem data para ser finalizada. "O trabalho da Polícia Militar vai até que a sensação de segurança seja compatível com Natal e sua região metropolitana", destacou o coronel. O oficial ainda afirmou que as recentes ocorrências policiais não são ligadas diretamente ao trabalho ostensivo da PM. "As ocorrências, como o arrombamento do caixa eletrônico e o assalto ao carro no hospital, aconteceram em estabelecimentos particulares. Não é possível que a polícia esteja em todos os locais", afirma o comandante. Ele ainda destacou que nestes dias de funcionamento da operação já foram presos seis fugitivos do sistema prisional e foi preso um indivíduo armado que iria assaltar um ônibus.

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